Especialista dá dicas para quem pretende aplicar o dinheiro de forma diferente
Apesar de parecer uma missão complexa, hoje qualquer pessoa pode investir mesmo a partir de pequenos valores. E o melhor investimento não é o mais rentável, mas o que mais se adequa ao perfil da pessoa e às suas necessidades. As dicas são do sócio diretor da Futura Invest, Maurício Donati. Ele foi um dos especialistas que participou na última quinta-feira de um talk show em Curitiba que foi formado por profissionais da área para debater estratégias de investimentos.
Segundo Donati, para quem precisa de liquidez, há as aplicações em CDI (Certificado de Depósito Interbancário), mas que têm apresentado uma rentabilidade baixa em função da queda dos juros. Para o poupador que não tem a necessidade de retirar o dinheiro em um curto espaço de tempo, há os fundos imobiliários.
Ele destacou que há fundos de ações que tiveram queda de 5% de julho de 2007 a maio de 2012, no entanto, há outros fundos de ações que obtiveram rendimento de cerca de 280% no mesmo período. Em relação à bolsa de valores, ele explicou que, embora o cenário esteja nebuloso, agora é uma oportunidade de comprar ações de boas empresas com preços atraentes.
O primeiro passo do investimento, de acordo com ele, é descobrir com que objetivo a pessoa está aplicando dinheiro. ''Se quero trocar de carro daqui há seis meses, não posso colocar os recursos em investimento com volatilidade'', alertou.
Outro ponto crucial é verificar qual o grau de aversão a risco que a pessoa tem. Depois disso, é possível partir para a estratégia de investimento. ''Definir onde você está, onde quer chegar e em quanto tempo é essencial'', disse. Além disso, o poupador deve verificar os tributos que incidem sobre as aplicações financeiras. Também é necessário analisar a rentabilidade real de uma aplicação, ou seja, qual é o ganho descontando a inflação.
É essencial ainda tomar cuidado com as fontes de informação que a pessoa busca sobre investimentos. O empresário Diego Sampaio, 26 anos, contou que começou a investir há quatro anos a partir de fundos CDB e CDI dos bancos. Em seguida, resolveu aplicar sozinho sem consultoria na Bolsa de Valores e acabou perdendo um pouco de dinheiro. Ele é casado com Evaneide Sampaio que atua na área de consultoria financeira. ''A minha esposa é mais conservadora e eu aceito correr mais risco'', contou.
Depois das perdas na Bolsa, eles resolveram procurar uma consultoria e tiveram ganhos maiores. ''Os consultores sabem indicar investimentos melhores. Primeiro eles procuram entender o que a gente espera de uma aplicação para poder indicar um produto,mesmo a pessoa não investindo valores muito expressivos. As consultorias oferecem fundos de investimento que a gente não teria acesso em bancos'', disse. O casal aplicou 60% em fundos de ações de baixo risco e 40% em fundos de ações de médio risco. Segundo ele, o investimento foi realizado como aplicação de longo prazo. Sampaio preferiu não revelar valores.
Fonte: Folha de Londrina
0 comentários:
Postar um comentário