terça-feira, 4 de junho de 2013

O Dinheiro, o Consumo e o Estilo

O significado universal do dinheiro é ser ele um meio de trocas, uma via de inúmeras possibilidades. Socialmente, estabelece alguns contornos e confere um estilo de vida determinado pela capacidade e oportunidade de alavancagem financeira. Mas a relação com o dinheiro é absolutamente singular. A forma de gastar, investir e sentir o dinheiro está relacionada com os significados inconscientes de cada um. O que representa ter? Quanto é necessário? Por que ter?


Questões como essas podem ser respondidas considerando dois aspectos. Primeiro, pelas razões concretas de segurança, conforto, empreendedorismo etc. Segundo, pelos afetos, fantasias e desejos particulares que constituem cada indivíduo. Portanto, é essencial conhecer o próprio perfil na integralidade, ou seja, na racionalidade e na subjetividade. Mas por quê?

Porque as decisões financeiras são tomadas a partir dessas duas instâncias. Considerar a subjetividade é tão importante quanto conhecer as pretensões objetivas. Por exemplo, quando as pessoas racionalmente decidem que vão economizar mais, vão parar de fumar ou fazer exercícios regularmente e simplesmente não conseguem? Existe uma determinação genuína, mas é insuficiente.
Pelo fato de as decisões racionais serem sempre acompanhadas pelas motivações inconscientes é comum que, em muitos casos, não haja uma ressonância positiva. É nesse cenário que o consumo está inserido. É fundamental, necessário e prazeroso consumir. Por outro lado, o consumismo é prejudicial, dispensável e doloroso. O consumo é limitado, o consumismo é desregrado. Enquanto o primeiro gera uma satisfação muito mais prolongada, o segundo estabelece rapidamente arrependimentos, angústias e, por muitas vezes, endividamentos.

Na realidade, o consumismo desenfreado parte de um endividamento afetivo. Por motivações afetivas, homens, mulheres e crianças buscam freneticamente a satisfação em algum objeto palpável. Isso tem levado milhões de pessoas em todo o mundo às lojas, com a expectativa de que o bem-estar seja ali encontrado.

Estariam todos enganados? Sim e não. Sim porque todos sabem, ou vão saber mais cedo ou mais tarde, que a felicidade, o bem-estar verdadeiro e a auto-estima não são exteriores; portanto, não podem ser comprados. Ao mesmo tempo, não estão propriamente enganadas. Acima de tudo, estão absorvidas pela cultura do ter, ou do parecer ter. Refletir sobre as escolhas financeiras fortalece o seu estilo e a sua individualidade.

Um comentário:

  1. Olá ! Parabéns pelo blog, você escreve muito bem, já estou te seguindo e te add também! Muito sucesso, voltarei mais vezes com certeza!

    Passa no meu depois, se gostar dos textos, siga também =)



    http://vaaaariasvariaveis.blogspot.com.br/

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