segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cartão de crédito: vantagens e desvantagens

O surgimento do cartão de crédito ocorreu nos EUA, na década de 20.  Aos poucos, empresas prestadoras de serviços e estabelecimentos comerciais começaram a conceder o cartão aos clientes que consumiam mais, que passaram a adquirir bens e serviços sem precisar de dinheiro em espécie ou de cheque. Mas é preciso tomar muito cuidado, pois além das vantagens, os cartões de crédito podem trazer consequências catastróficas para quem não sabe usa-ló com prudência.

 

cartoes

Vantagens dos cartões de crédito:

  • A principal vantagem é poder adiar e parcelar o pagamento do débito, além de usufruir da satisfação imediata ao adquirir um produto ou serviço e só pagar depois;
  • Comodidade e segurança, pois é mais fácil levar na bolsa um cartão do que dinheiro em espécie e também por segurança, pois se o cartão de crédito for roubado, basta ligar para a administradora e solicitar o cancelamento do cartão para evitar maiores prejuízos, enquanto que, se alguém nos rouba dinheiro em espécie,não tem como evitar o prejuízo;
  • É muito útil em situações de emergência, quando não temos dinheiro em espécie ou na conta bancária, pois cartões de crédito são aceitos em quase todos os estabelecimentos comerciais e em empresas prestadoras de serviços;
  • Proporciona o  poder de compra em muitos lugares no mundo inteiro, até mesmo pela internet, sem burocracias e sem assinaturas, se o cartão for de chip;
  • O consumidor, se souber usar o cartão de forma moderada e pagar em dia suas faturas , no valor integral destas, poderá ganhar prêmios ou milhas para gastar com viagens, por exemplo;
  • Para quem usa poucos cartões ou um só cartão, fica mais fácil ver, na fatura, com o que o dinheiro está sendo gasto.

Desvantagens do cartão de crédito:

  • A falsa sensação que o consumidor possui de enxergar o limite do seu cartão como se este fosse um dinheiro extra, o que muitas vezes faz o consumidor ser impulsivo nos gastos e se esquecer de que as dívidas estão sendo apenas adiadas, mas terão que ser pagas. O consumidor satisfaz imediatamente seu desejo de consumo, mas compromete sua renda futura com isso;
  • As altíssimas taxas de juros cobradas ao consumidor, se este usar o cartão para compras e não pagar o valor total da fatura na data do vencimento desta. Se, além de pagar apenas o valor parcial da fatura, o usuário do cartão de crédito continuar comprando a prazo, a dívida tende a virar uma “bola de neve”;
  • Fraude, que ocorre principalmente através da clonagem de cartões, no mundo físico, ou do furto de senhas, no mundo virtual. O maior problema é que o consumidor só descobre que foi vítima de fraude quando já há uma dívida astronômica em seu nome;
  • Para quem não controla seus gastos, o cartão de crédito é um inimigo, visto que o consumidor perde a noção de quanto gasta e não percebe que compras de pequenos valores, se feitas com frequência, somadas geram uma dívida grande. O consumidor acaba tendo surpresas quando chega a fatura do cartão;
  • Caso parcelas não-pagas se acumulem, o nome do usuário do cartão é inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito e os juros se tornam exorbitantes.

              O capitalismo, embora seduza muita gente que pensa que ele é capaz de solucionar a maior parte dos problemas, é um sistema que busca sempre se auto-expandir e explorar milhares de pessoas. Prova disso foi a crise do mercado de hipotecas subprime, em que milhares de indivíduos compraram imóveis a taxas de juros pós-fixadas mas depois acabaram sendo despejados de suas casas, visto que não tinham recursos suficientes para pagar os juros exorbitantes.

               Atualmente, a difusão do uso do cartão de crédito e a facilidade de obtenção de empréstimos, em que muitas empresas não exigem nem comprovação de renda ao concederem empréstimos ou cartões de crédito têm sido uma faca de dois gumes, pois muitas pessoas, imprudentes e seduzidas pelas propagandas, que incentivam o consumo, agem impulsivamente e adquirem produtos e serviços que não têm condições de  pagar, como se a ânsia pelo consumo imediato fosse uma necessidade inadiável. Quanto mais endividadas e escravas do consumismo desenfreado muitas pessoas forem, melhor será para os bancos, que lucram constantemente por causa dessas pessoas, que muitas vezes contraem novos empréstimos para pagar outras dívidas. Com isso, cresce em uma progressão geométrica o número de pessoas que estão cada vez mais endividadas, por não saberem lidar com o dinheiro e com cartões de crédito.

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